domingo, 7 de novembro de 2021

Candyman - 2021


                               Candyman


Diretor: Nia DaCosta

IMDB: 6

Metascore: 72

Rotten Tomatoes: 84%   Audience Score: 72%

Nota do blog: 8,5


Candyman original foi lançado em 1992, sendo baseado em um conto do genial escritor Clive Barker, mesmo tendo várias mudanças em relação ao seu material original, e é, pelo menos na minha opinião, um dos melhores filmes de terror dos anos 90.


Ele trás a tona toda a discriminação que os negros sofrem nos EUA, mostrando como os bairros pobres são deixados de lado pela grande elite, e como isso impacta no modo de viver das pessoas da região (como coisa que aqui fosse diferente). E também mostra toda a “vista grossa” dos policiais corruptos quanto a isso.


O filme de 1992 trás esses temas de forma forte e assertiva, mas o novo trás isso de maneira mais forte, mais brutal e mais chocante.


Ele é uma sequência/remake do original, e deixou mais forte que, a lenda do Candyman é uma forma de defesa das pessoas quanto às injustiças sofridas.


No filme também tem uma boa crítica social sobre a arte em um todo. De como cada pessoa interpreta de maneiras diferentes as obras que os artistas (independente qual) trazem ao público.


O filme tem uma ótima ambientação e construção de personagens, sendo bem imersivo e deixando quem assiste praticamente dentro da trama.


E por causa disso que vem meu único ponto fraco do filme, que é o seu final, em que tudo é muito corrido, trazendo várias informações em um curto período de tempo.


Mas isso não tira a grandiosidade dessa obra. Um dos melhores filmes desse ano até o momento.


sábado, 23 de outubro de 2021

Maligno - 2021



MALIGNO


Diretor: James Wan

IMDB: 6,3

Metascore: 51

Rotten Tomatoes: 75%   Audience Score: 52%

Nota do blog: 5,5



James Wan ficou mundialmente famoso e aclamado ao dar vida às séries Jogos Mortais, Sobrenatural e ao chamado “Invocaverso”, onde o pontapé inicial foi o tão aclamado Invocação do Mal 1.


Com exceção do primeiro Jogos Mortais, que na minha opinião continua sendo seu melhor filme, todos os outros levam um tom fantasmagórico e demoníaco em suas histórias, onde toda a atmosfera é meio parecida, recheado de jump scares, alguns em pontos corretos na história, e outros apenas para dar um susto na gente.


Com seu filme mais recente, ele quis tentar desconstruir essa atmosfera que se tornou corriqueira não somente em seus filmes, mas em vários outros, sendo quase algo obrigatório no terror hoje em dia.


Em Maligno, ele tentou homenagear os clássicos giallos italianos das décadas de 60 e 70. E em certos pontos a sua homenagem é válida, mas em outros não.


Digo por válida nas cores vibrantes e na trilha sonora bem estourada, que eram marcas registradas no estilo, mas se tratando de trama o filme fica muito a desejar.


A história gira em torno de Madison, uma mulher que após ter sua casa atacada no meio da noite, começa a ter visões de assassinatos cruéis e se torna a principal suspeita deles.


Sim, parece ser interessante, e em alguns poucos pontos durante o filme temos partes levemente interessantes. Só que o filme é muito previsível. Logo no começo já fica muito na cara o que está por vir e o plot principal se torna algo que não surpreende.


Minha questão após ver o filme é, será que Wan perdeu a mão após se tornar um diretor de calibre Hollywood?


Para ser bem sincero, na minha opinião até em Invocação do Mal 2 ele já havia perdido a mão um pouco (alguns vão querer me apedrejar por isso, mas tudo bem), onde ele larga a atmosfera densa do primeiro e aposta mais em jumpscares e bonecos espalhafatosos.


Mas e aí, qual a sua opinião sobre o novo filme de James Wan?

terça-feira, 19 de outubro de 2021

Halloween Kills - 2021


Halloween Kills


Diretor: David Gordon Green

IMDB: 6

Metascore: 42

Rotten Tomatoes: 39%   Audience Score: 71%

Nota do blog: 7


A tão aguardada sequência do filme de 2018 finalmente chegou e aqui temos a que é, na minha opinião, a versão mais brutal e cruel do Myers.


Desde a hora que o filme segue logo após terminar o primeiro, ele está com sede de sangue, matando todos que se atravessam em seu caminho. Sendo aqui o verdadeiro mal encarnado que tanto foi falado nos filmes que essa nova cronologia deixou de lado.


Como o de 2018 é uma sequência do original, alguns personagens dele aparecem aqui e, ao meu ver, alguns foram desnecessários, afinal, se passaram 40 anos e 10 filmes entre esses dois. E como essa é uma “linha temporal” nova, esses personagens não teriam tanta carga dramática aqui, a não ser um ou outro.


Outra coisa que eu considero um “ponto fraco” é o roteiro, que ali no segundo ato do filme se perde um pouco, com toda a confusão gerada em a população querer matar o mal. Está certo que pode ter sido uma crítica social onde é mostrado o quão terrível podem ser as consequências de uma informação mal passada, e também de que todos nós temos um lado mal e ninguém é 100% inocente. Mas ainda acho que poderia ter outra forma de ter sido abordado esse tema.


Agora minha parte favorita: a direção.


O filme é literalmente um banho de sangue. As cenas são bem construídas, todo o gore e sanguinolência de Myers é retratado nos melhores detalhes possíveis. 


Como dito anteriormente, ele realmente é o mal encarnado. Ele apenas quer matar qualquer coisa, não importa quem aparecer.


Dito isso, sem spoiler nenhum, seria mesmo Laurie sua motivação de matar, ou ele apenas “faz o que gosta”?


Vi durante os dias algumas críticas quanto ao final. Mas vale lembrar que o filme é o segundo de uma nova trilogia, ou seja, temos mais um para sabermos qual será o desfecho dessa nova história, então é melhor termos calma quanto a isso.


E como Myers é o meu vilão favorito, minha opinião pode parecer parcial para o “time da casa”. Mas fiquei feliz nessa versão mais brutal que o normal do vilão que trouxeram nesse filme e estou muito curioso para saber como essa história vai terminar.


segunda-feira, 11 de outubro de 2021

Halloween III: Season Of The Witch - 1982


Halloween III: Season Of The Witch - 1982


Diretor: Tommy Lee Wallace

IMDB: 5

Metascore: 5

Rotten Tomatoes: 41%   Audience Score: 27%

Nota do blog: 6


O famoso “patinho feio” da franquia. Um dos mais injustiçados filmes de terror de todos os tempos.


Mas isso não significa que o filme seja uma obra prima. É sim um bom filme, muito melhor que outros filmes da franquia que vieram a seguir. 


A maior parte do ódio gerado ao filme é pelo fato de ser o primeiro da franquia que não contava com os personagens clássicos dos dois primeiros filmes, e nem com o icônico Michael Myers, que com apenas dois filmes já havia se tornado um dos maiores nomes da história do terror.


Nesse terceiro filme Carpenter quis dar uma nova história para a franquia, sem reviver o icônico vilão ou os outros personagens. E provavelmente esse foi o seu erro.


Talvez se não levasse o nome de Halloween no título, o filme seria considerado um cult classic hoje em dia, e não teria todo esse ódio em torno dele.


A trama se passa na última semana de outubro. Durante um plantão noturno, o Dr. Daniel Challis, interpretado por um dos atores mais conhecidos dos fãs de terror, Tom Atkins, presencia duas estranhas mortes. Após isso, ele se vê em uma trama envolvendo uma fábrica de máscaras para o halloween.


A história é sim bem interessante. Envolve magia negra, assassinatos sangrentos, a figura do cientista louca que usa sua inteligência para o puro mal. As cenas e os efeitos práticos são bem trabalhados e a trilha sonora fica presa na cabeça de tanto que toca durante o filme.


O último ato do filme, onde Challis e sua companheira no filme, Ellis, estão tendo que lutar por suas vidas na cidade onde está situada a fábrica é realmente muito boa.


É um filme que merece ser visto sem todo o ódio que o cerca. Basta esquecer que é da franquia e assistir como um filme isolado.


Não, não é um filme perfeito, tem algumas falhas durante a execução, mas, como disse anteriormente, está muito longe de ser o pior que leva “halloween” no título.


sábado, 2 de outubro de 2021

Midnight Mass - 2021

Midnight Mass 


Criador: Mark Flanagan

IMDB: 7,9

Rotten Tomatoes: 92%   Audience Score: 74%

Nota do blog: 8




Flanagan ficou mais conhecido graças às suas adaptações dos livros Jogo Perigoso e Dr. Sono de Stephen King, e atingiu um outro patamar com as séries A Maldição da Residência Hill e A Maldição da Mansão Bly, que também são obras adaptadas de clássicos da literatura do terror.


Isso quer dizer que ele só sabe fazer adaptações? Não. Antes, ele fez alguns filmes que foram bem aceitos por parte de público e crítica, sendo Hush - A Morte Ouve o meu favorito.


Mas graças a essas adaptações, principalmente com as do King, que hoje é seu amigo pessoal, que ele conseguiu ditar um ritmo ao seu trabalho, e claro, usando referências do mestre até nas séries.


Midnight Mass, seu último trabalho, bebe diretamente da fonte de King. Praticamente tudo na história poderia ter saído de uma história dele. A pequena comunidade, os personagens fortes e marcantes, os diálogos bem elaborados, a crítica à intolerância religiosa, e claro, a lentidão na narrativa em alguns certos momentos.


No começo da série, essa lentidão me incomodou um pouco, mas depois percebi que era completamente necessária para a trama ganhar vida.


A trama conta a história da pequena ilha de Crockett, onde um ex-morador com um passado obscuro volta para ela, e basicamente no mesmo dia, um novo padre, carismático mas cheio de segredos, também chega à ilha.


Para mim esse é o melhor trabalho de Flanagan, se mostrando inteligente em todos os aspectos, criando personagens com ótimas camadas, que fazem com que o telespectador sinta suas dores e se apaguem a eles.


E claro, eu amo toda obra em que faz crítica a religião e que como ser cego por ela, independente qual crença for, pode ser prejudicial não somente para a pessoa, mas também para quem está ao seu redor.


Esse tema pode muito bem ser abordado hoje, aqui mesmo no Brasil. Afinal, quantos casos de pessoas cegas por religião que acabam prejudicando terceiros por causa disso vocês não conhecem?


É uma ótima série para refletir.


A, mas onde entra o terror nela? 

O terror é psicológico, mais aprofundado nos dramas pessoais dos personagens. Claro, o gore e o sobrenatural aparecem mais para frente na história, mas, pelo fato dela ser tão boa e bem narrada, esses elementos ficam em segundo plano.


Já assistiu? Então corra na Netflix e nos deixe a sua opinião.

sábado, 25 de setembro de 2021

Round 6 - 2021

ROUND 6


Criador: Dong-hyuk Hwang

IMDB: 8,3

Rotten Tomatoes: 100%   Audience Score: 88%

Nota do blog: 9



Produções coreanas sempre são um prato cheio para quem gosta de terror, suspense, thriller e outras coisas do nicho.

Podemos nos lembrar de inúmeros títulos como Oldboy, I Saw The Devil, Chaser, Parasite, com grandes exemplos.

E com essa nova série que é sucesso na Netflix não poderia ser diferente. Fui assistir com hype? Sim, claro. Esse hype atingiu minhas expectativas? Sim, e muito.


Na série, um grupo de pessoas misteriosas convida 456 devedores, falidos, quase sem salvação para o futuro, para jogarem uma série de  jogos, onde o vencedor ganhará 45,6 bilhões de won (algo em torno de 205 milhões de reais, não sei mexer em sites de conversões hahaha).

Só que tem um pequeno problema com esses jogos, somente o vencedor sai vivo.

A trama é muito bem desenvolvida desde o seu primeiro episódio, trazendo personagens bem construídos, com dramas reais e muito comoventes, onde não torcemos somente para o principal, mas também escolhemos nossos outros favoritos. 

Tenho certeza que conhecemos algum viciado em jogos de azar, alguém que gastou o dinheiro dos pais em ações que deram errado, ou alguma pessoa que trabalha quase em condição de escravo e recebe muito pouco.

Claro, tem também os personagens que não valem nada e que torcemos para suas mortes desde o começo.


Falando nessas mortes, a aflição de episódio por episódio de saber quem vai conseguir ficar vivo, e a tristeza quando um personagem querido morre é algo que ficou muito bem estabelecido na trama.

Outra coisa que fizeram de forma magistral foram os efeitos de gore e a violência quando necessário, nada é exagerado, tudo é feito no tempo certo com as doses certas.

Algumas perguntas ficaram sem respostas, mas com certeza teremos elas em uma provável segunda temporada, já que ficou o gancho na última cena.

Acho que não seria necessário uma segunda, mas espero que mantenha o nível da primeira.

Mais uma coisa que quero comentar é sobre a mensagem que a série passa, de “realmente faríamos qualquer coisa por dinheiro?”. A vida de praticamente todos os personagens não tinha mais salvação, devido aos seus vícios e dívidas. Eram literalmente os chamados “sem futuro” pela sociedade, e por isso se submeteram a participar e continuar nesses jogos doentios de vida ou morte.

Assistam e tirem as suas próprias conclusões.


sábado, 18 de setembro de 2021

A SEITA MALIGNA - 2016

Diretores: Jeremy Gillespie e Steven Kostanski

IMDB: 5,8

Metascore: 62

Rotten Tomatoes: 77%   Audience Score: 46%

Nota do blog: 6,5


Antes de falar sobre o filme em si, quero que vocês imaginem como seria se Lovecraft convidasse Clive Barker para escreverem juntos uma história. Pois bem, essa história seria A Seita Maligna (péssima tradução para The Void).

Esse "pesadelo lovecraftiano" começa com uma chacina em uma casa no meio do mato, onde pai e filho estão matando várias pessoas. Uma dessas pessoas consegue escapar e acaba caindo quase em frente a uma viatura de um policial de plantão. O policial então resolve levar o homem ferido até o hospital, onde sua ex-esposa trabalha como enfermeira.

Então uma série de coisas estranhas começam a acontecer, coisas como: enfermeira se arrancando pele, aparecimento de uma criatura que mais parece ter vindo de um jogo de terror, pessoas vestidas com mantos brancos com um triângulo preto neles (acho que foi aqui que veio a péssima tradução), mortes e muito mais.

Parecia que ia se tornar mais um daqueles filmes em que aparecem muitas perguntas e quase nenhuma resposta, ou até mesmo respostas incoerentes com os fatos. Mas fui surpreendido quando as respostas começaram a aparecer e a ligar os pontos que iam sendo espalhados pela trama, pois chega em um certo momento que você tem a sensação que o filme vai se tornar uma bagunça sem pé nem cabeça e que nada vai ser explicado ou fazer sentido.

A grande referência a Lovecraft fora o cosmicismo que fica implícito em algumas cenas do filme, e ao conto Herbert West: Reanimator, que o estudante de medicina Herbert West descobre uma maneira de ressuscitar células mortas.

Já a Barker, bom, quem assistiu Hellraiser vai entender as referências à obra.

Para quem é mais familiarizado com os mythos e os contos de Lovecraft, onde o personagem cai na loucura quando tenta descobrir mais sobre os deuses exteriores e seus adoradores, digo que este filme seria algo que aconteceria se tudo isso realmente existisse.

Temos o personagem que, após uma grande perda, acaba descobrindo e fazendo parte dessa seita que adora algo maior do que possamos imaginar, e a usa para fins próprios, fazendo com que esse hospital seja o ponto divisor entre a realidade e essas forças superiores.

Para mim os grandes destaques do filme são o body horror que lembra e muito as grandes obras dos anos 80, e o gore nele estabelecido, pois a violência e o banho de sangue são muito bem usados.

Não é um filme memorável, acredito que pelo fato de ter sido feito a base de crowndfunding, totalmente independente, os dois diretores conseguiram tirar o máximo com o que tinham.

Candyman - 2021

                               Candyman Diretor: Nia DaCosta IMDB: 6 Metascore: 72 Rotten Tomatoes: 84%   Audience Score: 72% No...