sábado, 18 de setembro de 2021

A SEITA MALIGNA - 2016

Diretores: Jeremy Gillespie e Steven Kostanski

IMDB: 5,8

Metascore: 62

Rotten Tomatoes: 77%   Audience Score: 46%

Nota do blog: 6,5


Antes de falar sobre o filme em si, quero que vocês imaginem como seria se Lovecraft convidasse Clive Barker para escreverem juntos uma história. Pois bem, essa história seria A Seita Maligna (péssima tradução para The Void).

Esse "pesadelo lovecraftiano" começa com uma chacina em uma casa no meio do mato, onde pai e filho estão matando várias pessoas. Uma dessas pessoas consegue escapar e acaba caindo quase em frente a uma viatura de um policial de plantão. O policial então resolve levar o homem ferido até o hospital, onde sua ex-esposa trabalha como enfermeira.

Então uma série de coisas estranhas começam a acontecer, coisas como: enfermeira se arrancando pele, aparecimento de uma criatura que mais parece ter vindo de um jogo de terror, pessoas vestidas com mantos brancos com um triângulo preto neles (acho que foi aqui que veio a péssima tradução), mortes e muito mais.

Parecia que ia se tornar mais um daqueles filmes em que aparecem muitas perguntas e quase nenhuma resposta, ou até mesmo respostas incoerentes com os fatos. Mas fui surpreendido quando as respostas começaram a aparecer e a ligar os pontos que iam sendo espalhados pela trama, pois chega em um certo momento que você tem a sensação que o filme vai se tornar uma bagunça sem pé nem cabeça e que nada vai ser explicado ou fazer sentido.

A grande referência a Lovecraft fora o cosmicismo que fica implícito em algumas cenas do filme, e ao conto Herbert West: Reanimator, que o estudante de medicina Herbert West descobre uma maneira de ressuscitar células mortas.

Já a Barker, bom, quem assistiu Hellraiser vai entender as referências à obra.

Para quem é mais familiarizado com os mythos e os contos de Lovecraft, onde o personagem cai na loucura quando tenta descobrir mais sobre os deuses exteriores e seus adoradores, digo que este filme seria algo que aconteceria se tudo isso realmente existisse.

Temos o personagem que, após uma grande perda, acaba descobrindo e fazendo parte dessa seita que adora algo maior do que possamos imaginar, e a usa para fins próprios, fazendo com que esse hospital seja o ponto divisor entre a realidade e essas forças superiores.

Para mim os grandes destaques do filme são o body horror que lembra e muito as grandes obras dos anos 80, e o gore nele estabelecido, pois a violência e o banho de sangue são muito bem usados.

Não é um filme memorável, acredito que pelo fato de ter sido feito a base de crowndfunding, totalmente independente, os dois diretores conseguiram tirar o máximo com o que tinham.

Candyman - 2021

                               Candyman Diretor: Nia DaCosta IMDB: 6 Metascore: 72 Rotten Tomatoes: 84%   Audience Score: 72% No...